Seja bem-vindo! Hoje é: quinta, 28 de Março de 2024

Em artigo, diretor da Abramet propõe reflexão sobre o pós-pandemia

| Notícias

A crise sanitária criada pelo novo coronavírus mudou o modo de vida das pessoas ao redor do mundo e também no Brasil, criando novos paradigmas para a vida em sociedade. Em meio à pandemia, as medidas preventivas geraram uma combinação de incertezas e novos comportamentos, criando expectativa sobre como será retomada da normalidade no futuro. Essa nova realidade é abordada no artigo “Como será o amanhã’, em que o diretor de comunicação da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), Dirceu Rodrigues Alves Junior, avalia o cenário atual e reflete sobre o que espera a sociedade brasileira para o futuro.

Segundo ele, esse processo de transformação imposto pela pandemia será decisivo para costurar uma nova forma de vida em sociedade. “Como será esse amanhã? Manteremos esse voluntariado, seremos prestigiados pela generosidade das pessoas e empresas, receberemos auxílio do governo, teremos doações, as ruas livres de veículos leves, sem ruído e poluição, hospitais bem equipados, atendimento generoso, empresas solidárias aos menos favorecidos, como será?”, questiona.

LEIA ABAIXO A ÍNTEGRA DO ARTIGO:

COMO SERÁ O AMANHÃ?

O amanhã temos que construir hoje. E como construir esse futuro pós pandemia com a repercussão de tanto sofrimento? Estamos vivendo uma quarentena, reduziu-se a mobilidade humana, poluição, circulação de veículos, barulho, as cidades parecem àquelas com ruas tranquilas, sem violência, sem acidentes, sem mortos no trânsito onde, na realidade0 gostaríamos de viver. Parecem até cidades abandonadas.

Surgiram coisas muito interessantes que não víamos há muito tempo, como generosidade, gentileza, contribuição para que os idosos não saiam de casa partido de voluntários e de empresas, com entregas a domicílio, auxílios os mais diversos que nunca vimos no dia a dia. Todos presos ao amor, à vida, muitos em pânico, vendo noticiários inéditos, câmeras dentro de hospitais, UTIs, cemitérios, à beira de sepulturas, covas múltiplas, cadáveres ensacados e colocados em contentor refrigerados na porta dos hospitais, gerando medo, pavor, horror, quadros gerando distúrbio mental e todos se reservando à casa. O desespero tocando a todos.

Sem condições ideais temos que nos transformar para fazer o melhor no pós pandemia. A transformação é a necessidade maior para construirmos o futuro.

Como será esse amanhã? Manteremos esse voluntariado, seremos prestigiados pela generosidade das pessoas e empresas, receberemos auxílio do governo, teremos doações, as ruas livres de veículos leves, sem ruído e poluição, hospitais bem equipados, atendimento generoso, empresas solidárias aos menos favorecidos, como será?

Certamente teremos um novo mundo, mais generoso com mudanças em todos os sentidos, comportamento, inteligência emocional, tempo a dedicar ao lazer, à família, mais produtividade, momentos mais felizes, de carinho, aproximação, mais presença, trabalho em home office, mais liberdade, franqueza, honestidade, lealdade e segurança. Os países se integrarão mais, a paz será mundial. Estaremos construindo as cidades mais virtuosas, mais alegres, com maior aderência a vida de relação e ao aconchego de todos.

Quantas indagações, quantas dúvidas com relação a esse amanhã. Temos que mudar radicalmente, precisamos usar os guerreiros de hoje, aqueles que estão na frente dessa batalha, dentro de enfermarias, UTIs, UPAs formando um exército e aquartelados, treinados, estarão disponíveis para qualquer ataque de inimigos invisíveis. Armados de todos os equipamentos para a guerra, com vacinas, medicação, aparelhos, respiradores, equipamentos de proteção individual e coletiva e sempre se antecipando para o ataque ser dominado estrategicamente, não causando maiores danos à saúde e economia da nação.

Com a guerra erradicada viveremos mais felizes e em paz eterna.

Essa onda passa, por enquanto temos que surfar nela, mas em pouco tempo essa tempestade estará passando e o amanhecer de outro dia nos trará luz para recuperarmos aquilo que perdemos, com o mar nivelado, com vento favorável e o horizonte despontado, caminharemos para dias melhores.