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A Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet) divulgou nesta semana uma cartilha destinada a orientar motoboys, motofretistas e ciclistas que prestam serviços de entrega a respeito das medidas de prevenção mais eficazes para evitar a contaminação pelo novo coronavírus. A publicação – desenvolvida em parceria com o Sindicato dos Mensageiros Motociclistas do Estado de São Paulo (SindimotoSP) e a Federação Brasileira dos Motociclistas Profissionais (Febramoto) – apresenta uma série de dicas práticas, especialmente elaboradas para essa categoria de profissionais, que durante a atual pandemia de COVID-19 precisa continuar com sua rotina de trabalho nas ruas.
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“Os motoboys são fundamentais para a estratégia coletiva de isolamento social. Sem o auxílio desses trabalhadores, que arriscam a própria saúde na tarefa de levar e trazer inúmeros pedidos e encomendas, seria ainda mais difícil para a população aderir às orientações das autoridades sanitárias de evitar aglomerações”, afirmou o presidente da Abramet, Antonio Meira Júnior.
No entanto, conforme pondera o especialista, para que a progressão da pandemia ocorra de forma adequada é necessário que as medidas de prevenção sejam devidamente aplicadas em todas as camadas da sociedade. Possíveis negligências, sobretudo com aqueles que estão na linha de frente, fornecendo os serviços de suporte essenciais à população, podem comprometer todo o esforço contra a disseminação da COVID-19.
“Se os entregadores não estiverem protegidos com os equipamentos adequados e adotando as práticas de higienização, eles têm grande chance de se contaminar, uma vez que lidam diariamente com muitas pessoas. Por isso, é primordial que esses profissionais recebam recursos para garantir a sua proteção e orientação de como proceder corretamente para manter a sua saúde e de todos ao redor”, completou o diretor da Abramet, José Montal.
Orientações práticas – A cartilha traz dicas gerais de prevenção da COVID-19 e outras indicações, com ênfase no exercício profissional dos motoboys e ciclistas. A necessidade de limpeza frequente do capacete, guidão, manetes e demais partes da moto que tenham contato com as mãos é um dos itens mais destacados pela publicação. Segundo o guia, a higienização pode ser feita com água e sabão, álcool 70% (líquido ou gel) ou água sanitária. Outras recomendações pontuadas são: manter distância mínima dos outros usuários da via na fila formada quando o trânsito parar; e também não dar caronas.
O documento também ressalta que, durante as entregas, os motoboys devem dar preferências para a utilização de compartimentos de transporte com material liso e lavável, de fácil limpeza. Os utensílios para fixar e proteger as mercadorias devem ser higienizados e isolados de fontes de contaminação, assim como os alimentos, que devem ser entregues com embalagens, dentro de sacolas.
Ao chegar em casa, é recomendado que as mochilas e bolsas de uso diário do entregador devem ficar em uma caixa, fora da residência. As roupas e calçados também devem ser retirados ainda na área externa e levados para lavagem. “Se não puder lavar as mãos antes de entrar, só toque em pessoas e objetos dentro de casa após a correta higienização. Banhos frequentes ajudam na prevenção”, descreve o documento.
O texto relembra ainda os principais sintomas conhecidos da COVID-19, como febre, tosse forte, falta de ar, perda do olfato e paladar. Entre as medidas indicadas em caso de suspeita de infecção estão a comunicação imediata do fato à empresa e/ou à família; não se automedicar; evitar contato próximo com colegas ou outras pessoas; buscar auxílio médico ou ligar no teleatedimento do Ministério da Saúde (136) ou serviço similar local.