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Em live, Abramet apresenta diretriz inédita no Brasil sobre transporte de crianças em ambulâncias

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Focada em garantir a segurança do transporte de crianças em todo tipo de deslocamento, a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) produziu uma nova diretriz estabelecendo paradigmas para aumentar a segurança no transporte do público infantil por ambulâncias. Inédito no Brasil, o documento tem como referência práticas internacionais para o socorro seguro de crianças, indicando os equipamentos e procedimentos mais adequados para o uso pelas equipes de resgate. O documento foi lançado dura uma live promovida pela entidade nesta quinta-feira (8).

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“Estamos trabalhando em diversas frentes, para trazer ao médico do tráfego e profissionais de saúde, orientação e conhecimento atualizado sobre os temas mais importantes para a sociedade”, destacou Antonio Meira Júnior, presidente da Abramet. “Proteger a vida no trânsito é nossa prioridade e, nesse esforço, a criança é uma preocupação estratégica”.

Além do presidente da Abramet, participaram do evento o grupo de médicos de tráfego que construiu o documento: Josiene Germano, Helder Takeo Kogawa, José Heverardo Montal, Ricardo Eid, Ricardo Galesso e Ricardo Hegele. O debate foi moderado pelo diretor científico da Abramet, Flavio Emir Adura, e o coordenador da Comissão de Atendimento Pré-Hospitalar da Abramet, Carlos Eid.

Na abertura do evento, Carlos Eid, um dos idealizadores da diretriz, destacou o esforço da entidade em reunir especialistas para agregar e contribuir com a evolução desse tema no Brasil. “Esse é o fruto do nosso trabalho tentando melhorar as condições do transporte de uma criança – a exemplo do que fez a Abramet no ano passado no transporte veicular em geral – mas agora levando essa expertise dentro de um veículo muito especial e complexo”, disse.

A contribuição da entidade na promoção de saúde e bem-estar da população também foi pontuada por Flavio Adura durante sua fala inicial. “A Abramet continua escrevendo história neste País. Uma história que está preservando vidas nas rodovias brasileiras, reforçando a missão da Medicina do Tráfego. Essa é a nossa 14ª diretriz, sendo que seis delas já se tornaram leis federais”, explicou o especialista.

Vácuo normativo – A nova diretriz tem como principal preocupação garantir segurança à criança no interior da ambulância, minimizando o risco de eventual lesão durante o transporte. As orientações contemplam crianças sadias, doentes ou feridas, assim como o transporte de crianças acompanhadas por adultos, como bebês.

“Sinistros de trânsito envolvendo veículos automotores constituem-se em uma das principais causas de morte, ferimentos e incapacidades adquiridas em todo o mundo. Considerando-se a faixa etária de 5 (cinco) a 29 (vinte e nove) anos, a morte decorrente de ferimentos provocados pelos sinistros de trânsito é a primeira entre todas as mortes por causas definidas no mundo. Em nosso país, milhares de crianças sofrem ferimentos ou morrem em acidentes de trânsito todos os anos”, explica a diretriz.

“A ambulância é um veículo com características específicas e questões complexas para a proteção dos ocupantes, que podem ser transportados em assentos tradicionais voltados para a frente, mas também laterais e outros invertidos, voltados para trás. Há, portanto, necessidade de legislação pertinente, baseada em evidências científicas, uma vez que as especificações técnicas dos dispositivos de retenção para crianças determinadas pela Resolução do Contran nº 277/2008 não se aplicam para esse tipo de veículo”, esclarece.

A Abramet indica como a criança deve ser transportada e como devem ser usados equipamentos de segurança como o cinto, assentos conversíveis e outros. O documento também aborda os parâmetros adequados para a conformação interna do veículo.

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