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Neste fim de semana, 60 médicos foram capacitados em Salvador para atuar na Junta Médica Especial do Departamento Estadual de Trânsito da Bahia (Detran-BA). Eles participaram do curso “O Exame de Aptidão Física e Mental da Pessoa com Deficiência”, em uma parceria com a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), com 20 horas de aulas teóricas e práticas sobre as regras do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) e da Associação Brasileira de Normas Técnicas (Abnt), realizadas no Centro de Convenções do Hotel Fiesta e na sede do Detran. “Por meio desse curso, vamos reduzir o tempo de espera por perícia médica e compensar a redução no quadro de médicos, em função da aposentadoria de mais de 50% do pessoal”, afirmou o diretor-geral do Detran, Lúcio Gomes.
O presidente da Abramet na Bahia, Antônio Meira, destacou o papel do perito na avaliação de pessoas com deficiência física. “Observamos que 90% das pessoas que procuram o serviço no Detran não apresentam de fato uma deficiência ou incapacidade. Existe uma confusão com a isenção que garante até 32% de desconto na compra de veículos adaptados. Por isso, o órgão tem tido uma grande demanda. O médico não pode fazer restrições acima daquelas necessárias. Quando negamos o laudo a uma pessoa, estamos permitindo que ela dirija qualquer veículo, não estamos tirando dela o direito de dirigir”.
A parte prática do curso, no Detran, teve a participação de instrutores de autoescolas da capital. Há três anos, Reginaldo Pereira dos Santos trabalha no setor e chama a atenção para o perfil de quem se submete à perícia. “Lidamos diariamente com candidatos que perderam algum membro em um acidente de trânsito e precisam voltar a dirigir. O nosso trabalho é mais psicológico do que técnico, pois eles querem ser reintegrados ao tráfego, mas em outra condição. A pessoa que tem paraplegia, por exemplo, deve dirigir um veículo com câmbio automático, acelerador e freios de mão, além de direção hidráulica”.